Financeiramente, é também um investimento bastante seguro, senão vejamos:Na óptica do aficionado, de quem compra unicamente pela paixão e pelo prazer de o poder conduzir, é um valor muito bem empregue. Afinal, na maior parte das vezes que gastamos dinheiro connosco, seja em viagens, restaurantes ou espectáculos, essa quantia é trocada por um serviço, que uma vez terminado, resta apenas a memória. Óptima experiência, mas ainda não existe um mercado de memórias. Aqui, podemos desfrutar do bem onde gastámos o nosso dinheiro, usá-lo vezes sem conta e no fim, podemos sempre voltar a trocá-lo por dinheiro, muito provavelmente com um bónus. Na realidade, ter um bom clássico é quase o mesmo que sermos pagos para fazermos aquilo que mais gostamos, já que uma valorização quase sempre constante do veículo ajuda a que quanto mais tempo passemos com o automóvel, mais ganhemos no fim, se o decidirmos vender.
Na óptica do investidor, invertemos a equação. Um bom automóvel, como qualquer outra peça de arte, desde que em bom estado e com interesse no mercado (com a dimensão deste actualmente, é raro o veículo cujo o qual não tenha interesse para ninguém), tende sempre a valorizar mais que uma aplicação financeira. Esta valorização pode ser mais ou menos acentuada, mas crescerá sempre. Sem grandes riscos, sem grandes surpresas. Aqui, não há crashes de valor, só de estrada, mas mesmo para esses existem seguros. Afinal, que gozo podemos tirar de certificados de aforro, obrigações ou barras de ouro num cofre? Nenhum. O mesmo já não posso dizer se for ao volante de um automóvel clássico, um bem como outro qualquer, mas que dá dividendos em cada metro de estrada percorrido, a cada litro de gasolina consumido, a cada pneu gasto a rolar no alcatrão, iluminando o nosso espírito, puxando-nos para o sonho e afastando-nos do quotidiano.
Se acha que investir em automóveis clássicos é para os outros, mande-os dar uma volta e invista antes na sua qualidade de vida. Como? Comprando um clássico, claro.
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