Logo após a Segunda Guerra Mundial, iniciaram a construção de automóveis desportivos de baixo peso destinados, principalmente, para a competição. Não se sabe ao certo quantos automóveis foram produzidos por esta empresa, mas pensa-se que foram cerca de 2000 exemplares.
Os seus componentes mecânicos eram também pequenos, com motores Panhard de dois cilindros opostos e de baixas cilindradas. No início da actividade, a empresa utilizou motores e outros componentes do Citroën Traction Avant e, em alguns projectos, mecânica Renault. Os chassis tubulares eram envoltos numa carroçaria de aço ou alumínio e, mais para o final, em fibra de vidro. A empresa competiu activamente nas 24 Horas de Le Mans, na categoria abaixo de um litro de cilindrada, vencendo por três vezes.
Uma série de automóveis, designados de HBR, foram produzidos com o intuito de competir nas categorias de baixas cilindradas das provas de resistência, como o HBR Barquette de 1957 presente neste artigo, que é o único sobrevivente de três automóveis DB produzidos para competir nas 24 Horas de Le Mans desse mesmo ano. Está equipado com o motor de dois cilindros opostos refrigerados a ar da Panhard, com 750cc de cilindrada.
Chegou a liderar a prova, conduzido pelos pilotos Jo Schlesser e Jean-Claude Vidilles, até o membro da equipa adormecer no muro das boxes com a sinalética “Mais Rápido” na mão, fazendo com que os pilotos andassem cada vez mais rápido, ultrapassando os seus limites e os do automóvel, resultando na desistência de todos os automóveis da equipa por saírem de pista.
Após a sua reconstrução, este automóvel recebeu um tejadilho em fibra de vidro, rebitado à sua carroçaria original de alumínio e foi assim que competiu no Grande Prémio de Rouen, vencendo, posteriormente, o Grande Prémio de Caen, com o piloto Jean-Claude Vidilles ao seu volante. Após estas corridas, acabaria por trocar de número de chassis, do original 916, para 924, para poder receber o dinheiro da perda total do seguro, continuando a competir com sucesso.A sua vida competitiva iria acabar com um acidente fatal numa prova de montanha e a DB acabou por vender este automóvel, ficando esquecido durante quase três décadas, até 2001, altura em que foi vendido e sofreu um grande restauro, voltando às especificações com que competiu nas 24 Horas de Le Mans de 1957.
No passado dia 26 de Junho, este DB HBR Barquette foi levado a leilão, através de um evento organizado pela Aguttes, sendo vendido por 283.560 euros.
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