Tal como a Rover com o JET1 em 1949 e a Renault com o Étoile Filante em 1954, a Fiat também o fez no mesmo ano, nascendo assim o Turbina.
Este projecto teve um longo período de desenvolvimento, tendo começado em 1948, terminando com o teste na pista do telhado da fábrica da Fiat em Lingotto do único protótipo produzido a 14 de Abril de 1954, conduzido por Carlo Salamano. Orientado por Dante Giacosa e Oscar Montadone com base num chassis de um Fiat 8V, foi mostrado pela primeira vez em funcionamento a um público muito restrito no Aeroporto de Turim a 23 de Abril e ao público em geral no Salão de Turim do mesmo ano.
O motor, designado de Tipo 8001, foi colocado na zona central do automóvel, atrás do habitáculo, e era composto por um compressor centrífugo de duas fases, três câmaras de combustão, uma turbina de duas fases ligada ao compressor e uma turbina ligada às rodas traseiras que fazia de grupo reductor. De acordo com os dados da Fiat, o motor desenvolvia 300cv de potência às 22.000rpm, podendo atingir os 260km/h de velocidade máxima.
O desenho da carroçaria esteve a cargo de Luigi Rapi, sendo bastante aerodinâmico, pois foi testado no túnel de vento do Politécnico de Turim, tendo registado um CX de apenas 0,14. Os faróis eram escamoteáveis para uma melhor eficiência aerodinâmica quando não utilizados.
Apesar do Fiat Turbina ser um protótipo completamente funcional, este nunca foi propriamente testado, muito devido ao seu elevado custo de operação e dos seus problemas de aquecimento, nunca atingindo o objectivo para o qual foi concebido.O único exemplar produzido sobrevive até aos nossos dias e está em exposição no Museu Automóvel de Turim.
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