O primeiro ponto é que a Volkswagen não tem “nome” no segmento de luxo e também para não entrar em concorrência com outras marcas de luxo do grupo, como é o caso da Bentley e da Porsche.Ainda assim, a Volkswagen chegou a entrar no segmento de luxo quando, em 2002, lançou o modelo Phaeton produzido com base no Bentley Continental Flying Spur. Apesar deste automóvel ser o primeiro modelo de luxo vendido pela Volkswagen, esta não foi a primeira abordagem nesse sentido, pois se recuarmos 40 anos podemos ver que a Volkswagen desenvolveu um protótipo para esse segmento.
Denominado de EA 128, EA a significar Entwicklungsauftrag, que se pode traduzir para “Ordem de Desenvolvimento”, este protótipo foi produzido em 1963. Exteriormente, o EA 128 tinha alguns traços semelhantes ao Volkswagen Beetle e Type 3, com um design bastante quadrado e a notar-se a ausência de grelha frontal. Continuando no exterior, apenas as jantes de 14” dão a entender aquilo que está debaixo do capot traseiro.
No início dos anos 60, a Volkswagen tinha apenas um motor pronto para a produção, que era o boxer de quatro cilindros refrigerado a ar do Volkswagen Beetle mas, esse motor não era adequado para uma Berlina de luxo. Assim, o EA 128 recebeu um motor boxer de seis cilindros e 2,0 litros de cilindrada que iria equipar o Porsche 911, mas aqui a sua potência foi reduzida para os 90cv. O motor envia a potência para as rodas traseiras através de uma caixa manual de cinco velocidades, montada numa posição transaxle. A velocidade máxima deste protótipo situava-se nos 160 km/h e tinha um peso de 1200 quilos.
No interior, é onde está a única referência à marca Volkswagen, no volante de quatro raios de madeira, de desenho idêntico ao utilizado no Porsche 911. O interior pode acomodar seis passageiros, pois tanto os bancos da frente como os traseiros são corridos.
Este protótipo nunca chegou à fase de produção, tendo percorrido apenas 1467 quilómetros. A própria marca não tem nenhum documento nos arquivos que relate a história do EA 128, nem mesmo uma foto da época. Dessa forma, não se sabe quais as razões para a produção deste automóvel, nem as razões para o qual levaram a marca a não seguir a produção em massa.
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