A fabricante, recorde-se, tinha deixado de produzir automóveis em série em 1946 aquando da sua venda à ENASA - que apenas se ocupou dos seus ativos aeronáuticos. Em 2001 e 2002, a marca ainda apresentou os modelos K8 e HS21-GTS, mas não passaram da fase de protótipos.
Agora, a marca espanhola criada no início do século passado promete regressar (em força?) com a apresentação durante o próximo Salão de Genebra de um modelo desportivo totalmente elétrico.
Fundada em 1904 por Damián Mateu, na cidade de Barcelona, e tendo como sócio o engenheiro Marc Birkigta, a Hispano-Suiza destacou-se desde logo pelo seu modelo empresarial moderno que a levou a tornar-se numa referência em inovação tecnológica para o setor automóvel e aeronáutico - a Rolls-Royce, por exemplo, foi um dos seus clientes mais fiéis.
Em 1940, a Hispano-Suiza, junto de outras empresas e um banco, fundou a Sociedade de Automóveis de Turismo em Espanha - que veio mais tarde a tornar-se na SEAT, atualmente parte do grupo Volkswagen.
Hoje, Miguel Suqué Mateu, bisneto do fundador e atual presidente da Hispano Suiza Fábrica de Automóviles S.A., não esconde o seu grande objetivo: "Em 1900, quando a Hispano-Suiza começou, construiu o primeiro carro elétrico do mundo, mas o protótipo nunca foi fabricado industrialmente. Agora, 119 anos depois, em março de 2019, a Hispano-Suiza terá o seu primeiro veículo 100% elétrico, com grande desempenho e fabricado em Barcelona - o que é a realização do sonho do meu bisavô".
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