Marca correu Le Mans. Grupo britânico aposta no renascimento da Bizzarrini

4 years ago - 11 November 2020, turbo
Marca correu Le Mans. Grupo britânico aposta no renascimento da Bizzarrini
Numa época (também) de revivalismos, um grupo de distribuição automóvel britânico decidiu fazer renascer uma das marcas italianas de desportivos dos anos 60 do século passado – a Bizzarrini.

Construtor, hoje em dia, praticamente desconhecido, mas que, nos tempos áureos, chegou, inclusivamente, a correr em Le Mans.

Fundada por um triunvirato constituído pela Alfa Romeo, a Ferrari e o engenheiro italiano, Giotto Bizzarrini, decorria o ano de 1964, a Bizzarrini foi responsável por um pequeno (cerca de 140 unidades), mas extremamente evoluído para a época, lote de desportivos e carros de corrida, antes de desaparecer, em 1969.

No entanto e apesar do fecho de portas da marca, em Livorno, Itália, ficaram para a História propostas como o Bizzarrini 5300 GT Strada ou o Bizzarrini P538S. Sendo que, já década de 2000, alguns protótipos chegaram a vaticinar o renascimento da marca, algo que, no entanto, nunca aconteceu.

Entretanto e cumprida uma década sobre esses esforços inglórios, a Autocar noticia que um grupo de distribuição automóvel britânico, a Pegasus Brands, volta a fazer reaparecer a ilusão, quando a um possível renascimento da Bizzarrini. Contando, para isso, com o apoio de três antigos executivos da Aston Martin.

De resto, à frente do projecto, estará o CEO da Aston Martin entre 200 e 2013, Ulrich Bez, que contará com a ajuda de Christopher Sheppard, que chegou a ser o chefe da Aston Martin Middle East North Africa, assim como de Janette Green, outrora a responsável de Marketing da Aston Martin, e que agora assume as funções de directora de Marketing na nova empresa.

Embora, para já, com poucas informações para divulgar, a nova empresa terá já decidido criar bases em cidades como Londres, Genebra, Abu Dhabi e Dubai.

O criador do motor original
Ainda sobre Giotto Bizzarrini, nasceu em 1926, na cidade de Livorno, Itália, filho de um rico proprietário de terras na região da Toscânia.

Giotto formou-se, em 1953, em Engenharia, na Universidade de Pisa, onde apresentou como tese de conclusão de curso, uma versão própria de um Fiat 500 Maccienetta Berlinetta de 1952. Razão suficiente para que, não demorasse muito, para que viesse a ser contratado, em 1954, pela Alfa Romeo, onde veio a desempenhar as funções de engenheiro e piloto.

Contudo, apenas cerca de três anos passados, Giotto Bizzarrini passou a trabalhar para a Ferrari, onde veio a desempenhar, durante os cinco anos que lá permaneceu, funções tão variadas como as de responsável pelo desenvolvimento de veículos experimentais, desportivos e GT, além de designer, test-driver e chefe de engenheiros.

Contudo, em 1961, Bizzarrini foi despedido da Ferrari, por envolvimento na chamada "Revolta Palaciana" – movimento interno que visava afastar a mulher de Enzo Ferrari, Laura, das tomadas de decisão.

Giotto ingressa, então, na Automobili Turismo e Sport (TAS), marca fundada por ex-engenheiros da Ferrari, envolvendo-se no projecto de criação de um Fórmula 1 e de um GT, o A.T.S. Sereníssima.

Já com a sua própria empresa, a Societá Autostar, fundada, Giotto Bizzarrini foi, então, contactado por outro cliente Ferrari insatisfeito, de nome Ferruccio Lamborghini. Desta feita, para que desenvolvesse um novo V12, para equipar um novo modelo GT.

Embora considerado por Feruccio como demasiado agressivo, a verdade é que V12 3.5 litros totalmente em alumínio, acabou servindo de base aos blocos de modelos como o Miura, o Countach e o Murciélago.

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