Tendo como objectivo a participação em provas de longa distância, como as Mille Miglia (de onde deriva a sigla “MM”) e em homenagem à vitória do seu antecessor “166 Sport” na histórica corrida, o Ferrari 166 MM foi também designado de “Barchetta”, pois a forma da sua carroçaria evoca-nos um pequeno barco (barchetta em italiano).
Além da sua extraordinária história enquanto automóvel de corridas, este Ferrari, com o chassis #0056M, e equipado com o histórico motor V12 elaborado Gioacchino Colombo, foi também o primeiro modelo da marca italiana a entrar em Portugal. a 10 de Junho de 1950.
Este modelo iniciou a sua extensa participação em competições em Portugal, no I Grande Prémio de Portugal, a 17 de Junho de 1951, realizado na Boavista, Porto, conduzido por Guilherme Guimarães. De seguida correu no X Circuito Internacional de Vila Real, conduzido novamente por Guilherme Guimarães, com o 8° lugar na grelha entre 17 concorrentes. Acabou por não completar ambas as provas devido a problemas no automóvel.
Logo no dia seguinte, correu no Festival Nocturno no Estádio Lima Porto, pelas mãos de Piero Carini, emprestado por Guilherme Guimarães. Conseguiu o 2° lugar da geral, tendo Giovanni Bracco sido o vencedor.
Este Ferrari 166 MM Barchetta Touring participou ainda no II Grande Prémio de Portugal e acabou no 8° da geral, no XI Circuito Internacional de Vila Real, a 6 de Julho, acabando em quinto na geral, na Rampa da Penha, em Guimarães, entre muitas outras.Mas não foi só em Portugal que o 166 MM participou e em 1957, o automóvel foi vendido ao ATCA (Automóvel e Touring Clube de Angola) com o objectivo de serem utilizados em competição, por condutores escolhidos pelo clube angolano.
Conduzido por Maximino Morais Correia, participou no I Grande Prémio de Angola, em Setembro de 1957, mas não estabeleceu um tempo que lhe permitisse iniciar a corrida, em consequência de uma série de problemas mecânicos, mas em Setembro do ano seguinte corria a II Taça da Cidade de Luanda, onde terminou num 6° lugar da geral.
Participou ainda no III Grande Prémio de Leopoldville, no Congo Belga, e também para o III Grande Prémio de Angola. Em Julho de 1960 João Alves conduziu o 166 MM na Taça da Cidade de Lourenço Marques, Moçambique, terminando na 7ª posição da geral na prova, ganha por Syd van der Vyer.
No mesmo ano, o clube ATCA vende o 166 MM a António Lopes Rodrigues que o regista em Moçambique, e de seguida participa na Rampa da Polana, Lourenço Marques.
Em Agosto de 1963, muda novamente de proprietário, tendo Hugh Gearing, de Joanesburgo, África do Sul, adquirido o veículo a António L. Rodrigues.Dez anos depois, Hugh Gearing vende-o a Robert van Zyl, também de Joanesburgo. Robert e Geerie van Zyl participam na Histórica Mille Miglia, na prova que decorreu de 9 a 12 de Maio de 1996. No ano seguinte, Robert marca presença no encontro promovido pelo Clube Ferrari de África do Sul, na celebração do 50° Aniversário da Ferrari, na pista de Kyalami.
Robert e Patricia van Zyl conduzem o Ferrari, novamente na Histórica Mille Miglia, em Maio de 2004, repetindo a participação em Maio de 2011.
No mesmo ano, a 17 de Setembro, é Geerie van Zyl que participa com o 166 MM, no Troféu “Freddie March Memorial”, prova integrante do “Goodwood Revival Meeting”.
Похожие новости