As evidentes semelhanças com seu antecessor – o DB5, mais mediático participante nos filmes do 007 – prendem-se com a recusa da Aston Martin face às propostas do carroçador italiano Touring, com o qual a Aston Martin mantinha um estreito relacionamento desde a produção do DB4. O DB6 foi então produzido em casa, como uma evolução do DB5, que por sua vez era já uma evolução do DB4. Por esse motivo o DB6 é muitas vezes chamado DB4 Série 10.
O trabalho do engenheiro-chefe Harold Beach concentrou-se no aumento da distância entre eixos em 95mm e no aumento da estabilidade, sobretudo em alta velocidade, com a adopção de uma traseira cortada do tipo Kamm. Esta solução, melhorava a tracção do eixo traseiro em cerca de 30%, ao aumentar a pressão do ar em movimento exercida sobre toda a zona posterior do automóvel.
A solução foi aprovada, com testes de estrada a comprovarem um aumento da velocidade máxima do modelo Vantage, chegando este a atingir mais de 240 km/h.
Foram também aumentadas as quotas de habitabilidade face ao DB5, sobretudo em altura e comprimento para os passageiros de trás, de modo a torna-lo num verdadeiro GT.
Para além de retoques estéticos face ao DB5, a carroceria deixou também de ser fabricada em alumínio, pela Touring. O novo chassis e painéis fabricados em aço, em Inglaterra, conferiam uma maior rigidez, necessária face ao aumento do comprimento e ao novo estilo de traseira, sem no entanto aumentarem significativamente o peso do conjunto.O interior é agora marcado por instrumentos maiores, novos acentos, carpetes e forro do tecto de melhor qualidade. Embora mecanicamente, o DB6 tenha herdado componentes do DB5 como suspensão, motor e transmissão (manual ZF de cinco velocidades ou Borg-Warner automática de três velocidades), era agora possível optar por direção assistida hidraulicamente e ar condicionado. A suspensão traseira de molas helicoidais era ajustável a partir do interior.
O motor de seis cilindros em linha DOHC, desenvolvido pelo engenheiro polaco Tadek Marek, com 3995cc estava equipado na sua configuração base com três carburadores duplos SU produzindo 282cv às 5500rpm e 400nm a partir das 4500 rpm. Na versão Vantage, a adoção de carburadores Weber 45DCOE permitia obter cerca de 320cv às a 5750rpm.
A jantes raiadas eram agora de série na versão Vantage
Produzido entre Setembro de 1965 a Janeiro de 1971 (com o DB6 Mark II anunciado em 21 de Agosto de 1969), o DB6 foi o Aston Martin a ter o periodo de produção mais longo da história da empresa, com 1967 unidades fabricadas.
Este Aston Martin DB6 Vantage de 1965, com número de chassis DB62381R e volante à direita, foi matriculado em Portugal em 2005. Com números correspondentes de chassis e motor, foi totalmente restaurado no extinto Museu da Maia, após a qual foi vendido, em Lisboa, em 2008. Está equipado com uma caixa automática Borg-Warner de três velocidades e fazendo parte da versão Vantage, possui três carburadores Weber e 320cv de potência. Como opções, tem direcção assistida, vidros eléctricos e tecto panorâmico Webasto
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